Situada no Distrito de Pirabeiraba, às margens da BR-101, em Joinville, no Norte de Santa Catarina, a Estrada Bonita tem atraído gente de todos os lugares do Brasil pela sua beleza e culinária típica. São cinco quilômetros de puro encanto. Um contraste do novo e do velho, da natureza verde e da morta. Casas com estilo colonial oferecem pousadas e chalés - bem rústico e romântico. As lagoas servem de pesque-pague. A água é tão cristalina que é possível ver os peixes onde quer que eles estejam. Ali, não tem como se esconder.
A mata ora é fechada, ora é aberta. As vacas aproveitam o tempo para descansar na sombra e os aventureiros curtem as trilhas oferecidas no local. É o Turismo Rural. Há 15 anos a Estrada Bonita virou ponto turístico. Ganhou asfalto e pórtico. A Fundação 25 de Julho de Joinville incentivou os moradores da localidade para trabalharem e gerarem renda familiar. No início, 18 famílias participaram de cursos, mas apenas oito continuam o projeto.

Cada família, ou propriedade, que participa do Turismo Rural recebeu uma placa (tipo casinha de madeira - bem charmosa) que fica em frente a casa dizendo o que vende ou oferece: "Família Retzlaff — pães, cucas e biscoitos." Tudo é identificado — pesque-pague, pousadas, restaurantes, café colonial, artesanato, mel, melado, museus, salames, frios e lanches. Juntando isso, tem um cenário repleto de verde, de morros, de rio e de pedras. Uma parte é asfalto e outra estrada de chão, afinal não é bom perder os costumes.
Edeltraud Retzlaff, 70 anos, é uma das pessoas que dedica o seu tempo para atender os turistas. Ela mora há 50 anos na Estrada Bonita e conta que com o turismo rural a renda da família melhorou. Ela e sua nora passam a semana fazendo biscoitos de chocolate, de amendoim e de goiabada. Nos fins de semana, elas preparam os pães e cucas. "É muito bom morar aqui e trabalhar em casa. A gente ajuda na renda da família e ainda conhece pessoas de vários lugares", diz Traud, como gosta de ser chamada.
A casa foi modificada nos fundos para receber os visitantes. O lugar é aconchegante. "As pessoas falam que a gente mora no Paraíso (risos). É verdade", confessa Traud.
Ao chegar quase no fim da estrada tem um restaurante que sempre lota nos fins de semana "Tia Martha". Além de buffet, tem pratos individuais, lanches, porções, pingas artesanais, sobremesas...nossa! Impossível comer um só. Ao lado do restaurante, há o rio Bonito — limpo e cristalino (frio também!). Famílias inteiras almoçam e depois vão molhar os pés, sentar nas pedras e curtir a paisagem. Um refúgio para quem que sair "da cidade grande."
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